quinta-feira, 21 de março de 2013

Desejos bizarros das grávidas podem significar carência de algum nutriente


Há explicações científicas para as vontades das grávidas: segundo a nutricionista Marta Yuri Uchida Fernandes, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, os desejos esquisitos são desordens alimentares que ocorrem no período de gestação denominados picamalácia ou pica. "A picamalácia caracteriza-se pela ingestão de substâncias com pouco ou nenhum valor nutritivo, comestíveis ou não. A explicação para os desejos ainda é pouco compreendida, porém, sabe-se que fatores emocionais, culturais, socio-econômicos, ambientais e também fisiológicos, como alívio de sintomas digestivos, estão associados a eles", explica a especialista.

 A pagofagia (ingestão de gelo), geofagia (ingestão de terra ou barro) e as miscelâneas (combinações atípicas como melancia com margarina ou tomate com chocolate) são as vontades mais comuns na picamalácia. "No entanto, o desejo por substâncias não alimentares como carvão, sabonete, tinta, borra de café, bolinhas de naftalina, plástico, giz, entre outras, também pode ocorrer, mas são perigosas”, conta Tatiane Muniz de Oliveira, nutricionista do Hospital Albert Einstein.
As especialistas afirmam que é preciso tomar cuidado com o que a grávida come, principalmente substâncias não alimentares, para não causar problemas graves à mãe e ao bebê, como parto prematuro, baixo peso ao nascer, irritabilidade do recém-nascido e exposição fetal a substâncias químicas, que pode aumentar o risco de morte perinatal.
Como a maior parte das grávidas teme prejudicar o desenvolvimento do bebê, alguns dos desejos esquisitos tidos como muito perigosos –ingerir tinta ou naftalina, por exemplo– ficam somente no plano da fantasia. Entretanto, vale a pena conversar com o médico sobre eles, pois os desejos podem estar associados a vários transtornos, como anemia, constipação, distensão, problemas dentários, infecções, interferência na absorção de nutrientes, hipercalemia (grande quantidade de potássio no sangue) e envenenamento por chumbo.

"Ao diagnosticar a deficiência de determinado nutriente, através de exames, o obstetra será capaz de prescrever a devida suplementação à gestante", diz a nutricionista Marta Fernandes. Alguns casos nem precisam de uma análise mais profunda: "Vontade de comer terra indica deficiência de ferro", exemplifica o ginecologista Rodrigo Hurtado, da Clínica Origen.

Ainda segundo Rodrigo, o aumento dos hormônios progesterona e estrógeno provocam mudanças na sensibilidade olfativa (que afeta o cheiro e o gosto das coisas), o que leva a mulher a sentir uma vontade incontrolável de devorar algo que até então detestava. As mudanças hormonais também diminuem o pH do meio bucal e a capacidade tampão (propriedade da saliva de manter seu pH constante), o que causa a salivação excessiva. E justamente aquele alimento odiado pode ajudar a diminuir esse desconforto. Isso explica ainda o impulso para chupar gelo ou ingerir alimentos ácidos como limão, que aplacam náuseas e enjoos.

 Muitas pessoas, em diferentes sociedades, creem que os desejos das grávidas devem ser atendidos, para que a criança não nasça com nenhuma marca, e que as cores dos alimentos –desejados, porém não ingeridos– podem "manchar" o bebê. Tais crenças devem ser desmistificadas. Mas o obstetra sempre deve ficar ciente de qualquer anseio, por mais bizarro que pareça aos olhos alheios. "Só ele pode verificar se as vontades são apenas extravagâncias alimentares ou se excedem o limite da normalidade, tornando-se algo prejudicial ou patológico", afirma Tatiane Muniz de Oliveira, nutricionista do Hospital Albert Einstein.

Fonte: Uol

terça-feira, 19 de março de 2013

Ingerir placenta previne depressão pós parto


A placenta é um órgão presente na maior parte dos mamíferos, através do qual ocorrem as trocas entre a mãe e seu filho. Através da placenta o bebê "respira", se "alimenta" e excreta produtos de seu metabolismo. Ela é também órgão endócrino importante na gravidez, envolvida na produção de diversos hormônios: progesterona, gonadotrofina coriônica (HgC), hormônio lactogênio placentário, estrogênio (principalmente o estriol), etc .

É um órgão incrivelmente precioso e completo, sendo também o único órgão “usa e joga fora” que temos. É feita de dois organismos diferentes e incompatíveis, mas funciona como um único órgão, em completa harmonia. Faz todas as funções de um corpo humano. No momento do nascimento, a placenta continua desenvolvendo todas suas funções, ajudando a criança a regular seu metabolismo e seu organismo até o ponto de equilíbrio; a partir daí ela pode seguir autonomamente.
A placenta possui muitíssimas virtudes terapêuticas, infelizmente pouco exploradas pela ciência. No uso empírico é um anti-hemorrágico, antidepressivo e um excelente estimulador da produção de leite. Portanto ideal para os cuidados no puerpério, mas é também usada nas curas de diversas doenças das mulheres e das crianças, desde as ginecológicas até aquelas por esfriamento, alergias e etc.
Desta forma, enxergamos amplas possibilidades de melhoria e manutenção da saúde dos que a utilizam. Reconhecendo o poder medicinal da placenta, ter por exemplo uma tintura feita da própria placenta seria como ter uma poção mágica para o bebê, para ser usado em momentos de enfermidades. Contém células histamínicas, sendo assim um ótimo remédio imune, usada durante traumas, choques, transições da idade, transições familiares, mudanças em geral, processos emocionais entre mãe-filho, processos espirituais e muitos outros. Sendo considerada a essência do indivíduo, contêm todas as suas forças e fraquezas, e assim ela irá sempre proporcionar o equilíbrio ideal para a pessoa.
Usado também pela mãe, para se restabelecer fisiologicamente, emocionalmente, mentalmente após o parto, e também durante toda vida, para harmonia interior e harmonia na relação mãe-filho. Também pode ser usada por qualquer pessoa, pois as propriedades da placenta atuam em todos os organismos, ótimo remédio para lidar com questões de fraquezas, falta de nutrição (física, emocional, maternal/familiar), depressão, problemas psíquicos, medos, ansiedade, doenças variadas, entre muitas outras enfermidades). Porém quando usada a sua própria placenta existe um potencial maior e mais profundo.

Calma mamãe, você não precisa ingerir a placenta assim que seu bebê vier ao mundo, existem diversas outras formas de se fazer isso, nos EUA e no Japão profissionais e até algumas empresas especializadas, já realizam um processo de desidratação do órgão e o transformam em cápsulas prontas para serem consumidas, outra possibilidade é misturar o tecido placentário em alguma vitamina, camuflando seu sabor, que de acordo com algumas mamães que já fizeram ingestão do órgão, tem sabor de carne ou fígado.

Dengue X Grávidas

Se a gestante contrair dengue nos últimos dias da gestação, pode ocorrer a transmissão vertical, quando a doença passa da mãe para o bebê através da placenta. Nesse caso, o recém-nascido nasce com dengue e deve ser tratado.
Por isso, a prevenção da doença durante a gravidez é muito importante. Como não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação, a solução é evitar a proliferação do mosquito evitando deixar água parada em locais perto de casa e do trabalho. Também ajuda usar repelentes, mosqueteiros, telas de proteção em portas e janelas e roupas que protejam o corpo, como calça, meia e mangas compridas.
Os sintomas da doença são febre alta acompanhada de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Em caso de suspeita de dengue, a gestante deve procurar imediatamente um médico para realizar exames laboratoriais, que confirmam a presença do vírus, e evitar a automedicação.
A princípio o tratamento da gestante é o mesmo usado para qualquer paciente: bastante repouso e ingestão de muito liquido para se hidratar. O médico poderá prescrever algum medicamento antitérmico quando necessário. É importante lembrar que não se pode usar medicamentos a base de ácido acetil salicílico, pois eles podem provocar sangramentos.

Você sabe o que é Hiperêmese Gravídica?

Considera-se hiperêmese gravídica( HG) quando as náuseas e vômitos são persistentes, frequentes e às vezes intensos, não cedem facilmente aos tratamentos simples e progridem até causar distúrbios nutricionais e metabólicos como uma perda de peso acima de 4% do peso anterior, desidratação e cetonúria.
Delimita-se o tempo do aparecimento das náuseas e vômitos: estes devem iniciar nas primeiras semanas da gravidez.
Outras doenças que causam náuseas e vômitos, como a infecção urinária e a apendicite, precisam ser descartadas.


A HG tem uma incidência variável e que depende sobremaneira das condições sócio-econômicas do local. Podemos ter 1 caso em cada 500 grávidas.


É muito discutida a causa da HG. Provavelmente, é mais correto entendê-la como o resultado de diversos fatores agindo em conjunto. Há muitas teorias que tentam explicar sua causa( ou causas), eis algumas:
- resposta anormal à gonadotrofina coriônica humana;- citotoxinas, produzidas a partir de substâncias das vilosidades coriônicas, penetram na circulação materna;- uma insuficiência da glândula adrenal levaria à hipersensibilidade à histamina com reações alérgicas como náuseas e vômitos;- deficiência de vitamina B6;- reação gastrintestinal de origem psicossomática.Há outras teorias, mas nenhuma considerada isoladamente explica todos os detalhes da doença( inclusive as que aqui são citadas). Estudos mais recentes têm indicado um envolvimento maior do aparelho genético:filhas de mães que sofreram de HG, têm três vezes mais riscos de desenvolver esta doença.Aspectos raciais também têm sido implicados: as náuseas e vômitos da gravidez parecem ser mais frequentes entre mulheres ocidentais que entre asiáticas ou africanas.
Os vômitos contínuos provocam desidratação, depleção de eletrólitos( H+, Na+, Cl-, K+),
perda de vitaminas e ingesta calórica negativa. Há: perda de peso; fraqueza;
boca seca, língua saburrosa e hálito cetônico( cheiro de frutas);
diminuição do volume urinário e aumento do ácido úrico na urina;
aumento da frequencia cardíaca e queda da pressão arterial;
corpos cetônicos( ácido acetoacético, ácido betahidroxibutírico) são detectados
na urina: eles são oriundos da oxidação das gorduras, que são mobilizadas como
fonte alternativa de energia já que há ingesta calórica negativa( eles também causam
o hálito cetônico).


Enquanto a mulher não tem vômitos muito severos, frequentes e que não respondem
a doses pequenas e ocasionais de anti-eméticos, ela se alimenta, tem a língua limpa
e úmida, não tem uma significativa perda de peso e não se detecta cetose,
não há grandes motivos de preocupação. Ao contrário, se há algum destes fatores e
a gestante não se alimenta, a internação é mandatória. Observe que a perda de peso
geralmente precede os sinais objetivos de desidratação.


O tratamento da gestante internada requer repouso absoluto em ambiente tranquilo e
dieta zero( nas primeiras 24 a 48 horas ou enquanto persistirem os vômitos).
Hidratação abundante, mas cuidadosa, por via venosa. Glicose, vitaminas, ferro, ácido fólico são ministrados por via parenteral, assim como uma sedação leve e anti-eméticos.
Frequentemente, a recuperação com ganho de peso se dá em 5 a 10 dias de internação,
quando ocorre a alta hospitalar.


Em geral, o prognóstico é bom para mãe e feto e não há consequências negativas para o bom evolver da gravidez. Mas, após o episódio de HG, é preciso vigiar a gestante mais de perto visto que a pré-eclâmpsia pode acontecer. Embora haja relatos de recém-nascido de baixo peso, prematuridade, baixo quociente de inteligência do bebê, morte fetal ou materna, eles são próprios de casos muito graves e/ou que não tiveram a devida atenção.